Num
poema de fôlego, o cão, o rio, a mulher que sai da ostra, Recife aberta como
uma fruta, João Cabral de Melo Neto emerge do rio e não está só. Leva junto e
pela mão Manuel Bandeira que entendia do bicho homem, leva também Caetano
Veloso. It’s a long, long, long away. É preciso essa gente toda, diz o poeta
Marcelino Freire, para se atravessar e suportar as esquinas da vida.
MARCELINO
FREIRE é escritor. Nasceu em 1967, em Sertânia, PE. Viveu no Recife
e, desde 1991, reside em São Paulo. É autor, entre outros, dos livros
“Angu de Sangue” (Ateliê Editorial) e “Contos Negreiros” (Editora
Record – Prêmio Jabuti 2006). Em 2004, idealizou e organizou a antologia
de microcontos “Os Cem Menores Contos Brasileiros do
Século” (Ateliê). Alguns de seus contos foram adaptados para teatro.
Participou de várias antologias no Brasil e no exterior. “Contos Negreiros” foi
publicado em 2013 na Argentina, pela Editora Santiago Arcos e com tradução de
Lucía Tennina. Criou a Balada Literária,
evento que, desde 2006, reúne escritores, nacionais e internacionais, pelo
bairro paulistano da Vila Madalena. É um dos integrantes
do coletivo EDITH,
pelo qual lançou, em julho de 2011, o livro de contos “Amar É Crime”. No final
de 2013, publicou seu primeiro romance, intitulado “Nossos Ossos” (Record),
publicado também na Argentina, pela editora Adriana Hidalgo, e na França, pela
editora Anacaona, e com o qual ganhou o prêmio Machado de Assis 2014 de Melhor
Romance pela Biblioteca Nacional.