terça-feira, 18 de agosto de 2015




A menina que roubava livros

“A menina que roubava livros” é uma mistura de fábula com a vida real, e comporta um toque criativo cuja narradora é a Morte, a qual se apresenta enquanto personagem apenas sugerido, mas nunca revelado e explícito. Versa sobre a consistência que podemos atribuir à nossa existência, e o quanto nos é possível associar suavidade, luta, transgressões construtivas, sonhos e coragem, como elementos que compõem nossa caminhada.
Baseado no best-seller de Markus Zusak, com adaptação cinematográfica homônima, conta sobre a comovente trajetória de Liesel, uma garota que em plena Segunda Guerra Mundial, buscava por elementos internos que pudessem mantê-la viva psiquicamente.
É uma estória sobre a nossa possibilidade de sonharmos, como uma condição essencial que constitui e constrói novas versões para a realidade. Podemos encará-la como tendo um enredo referente a um ensinamento: de que os afetos vencem a morte. Assim, deparamo-nos com uma obra que consegue a façanha de ter tanto delicadeza quanto beleza estética ímpares, mesmo em tempos de destruição.
Ana Regina Morandini Caldeira (membro associado SBPRP)

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