A menina que roubava livros
“A menina que roubava livros” é uma mistura de fábula com a
vida real, e comporta um toque criativo cuja narradora é a Morte, a qual se
apresenta enquanto personagem apenas sugerido, mas nunca revelado e explícito.
Versa sobre a consistência que podemos atribuir à nossa existência, e o quanto
nos é possível associar suavidade, luta, transgressões construtivas, sonhos e
coragem, como elementos que compõem nossa caminhada.
Baseado no best-seller de Markus Zusak, com adaptação
cinematográfica homônima, conta sobre a comovente trajetória de Liesel, uma
garota que em plena Segunda Guerra Mundial, buscava por elementos internos que
pudessem mantê-la viva psiquicamente.
É uma estória sobre a nossa possibilidade de sonharmos, como
uma condição essencial que constitui e constrói novas versões para a realidade.
Podemos encará-la como tendo um enredo referente a um ensinamento: de que os
afetos vencem a morte. Assim, deparamo-nos com uma obra que consegue a façanha
de ter tanto delicadeza quanto beleza estética ímpares, mesmo em tempos de
destruição.
Ana Regina Morandini Caldeira (membro
associado SBPRP)
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