segunda-feira, 28 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
04:56
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Whiplash
Débora Agel Mellem
Seria
uma insensatez criar um filme que apresenta uma relação professor-aluno,
repleta de rigidez e narcisismo, inserida num contexto musical e ainda banhada
a jazz, que prima pelo improviso? Ou seria um paradoxo a combinação entre a
violência da super exigência e a liberdade expressa no jazz?
Infelizmente
este filme tem um caráter autobiográfico, o diretor Damien Chazelle era baterista e vivenciou uma relação
traumática com um professor mega exigente. No filme Andrew Neiman (Miles
Teller), um jovem baterista de jazz depara-se com o professor Terence Fletcher
(J.K. Simmons), que exige desempenhos perfeitos de seus alunos. O andamento da
música deve ser exato e qualquer desafinação é inadmissível. Usa métodos
violentos, acreditando que deste modo formaria um músico genial como Charlie
Parker. Que equívoco! Nenhum ser humano desenvolve-se num atmosfera de cobrança
humilhante. Mas Andrew submetia-se a maltrato, para ser o escolhido de
Fletcher. Era escravo da necessidade de ser aceito e também de seus próprios
ideais. Tinha ódio de ser simplesmente humano, faltava-lhe confiança e uma
agressividade protetora. Com uma história sofrida de abandono materno, contava
com seu pai, cuja relação amorosa amplia-se no decorrer do filme, dando-lhe
sustentação para transformar suas atitudes frente à vida.
A sua criatividade lhe salvou! E o
impulso em direção ao crescimento predominou, "deu o sangue" para se
expandir. Sua relação com a música, o jazz, a bateria era vital e visceral. Este
seu interesse não existia por acaso. O jazz nasceu do canto de dor dos escravos
que vieram para a América do Norte. E
entrelaçou-se com o blues, um lamento e um anseio de libertação dos
negros, que expressavam-se através das blue notes, do swing e da improvisação. Surge
como uma dança, incluindo também a alegria.
Permitindo-me
sonhar, o jazz pode ser uma expressão criativa da vivência de falta, que habita
em todos nós. Podemos pensar na improvisação que ocorre na vida e também no
setting de uma sessão de análise. E refletir sobre a base emocional que
precisamos construir, para alcançarmos um viver criativo.
Andrew
segue um caminho doloroso até ser capaz de improvisar no palco e na vida. Ouviu
o ritmo das batidas de seu coração e se apropriou de quem ele era. O final do
filme é surpreendente e o som que ele faz é maravilhoso! Ele se entrega no
presente, está vivo, existe, é um baterista talentoso!
Whip é chicote, whiplash é algo que
se assemelha ao ruído de uma chicotada. Criar na música e na vida é transformar
uma chicotada em som.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
03:57
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Cinema & Psicanálise na
UNESP Câmpus de Assis
Tânia Pastori Razook comenta o filme "A História
Sem Fim I".
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
13:12
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Psicanálise
– o que ela é e o que ela não é
Qual é a
visão que se tem da psicanalise ou do tratamento psicanalítico?
É
interessante como a Psicanálise provoca
as mais diferentes fantasias: para alguns ela é salvadora, para outros é
ameaçadora, perigosa; alguns a veem com uma aureola mística ( o analista é todo
poderoso, sabe tudo, só de te olhar já sabe o que você pensa).Tem os que acham
a Psicanálise acusadora, outros a que perdoa; tem também a psicanalise
pornográfica, que libera as pessoas de todas as proibições. Então, temos muitas
versões da psicanálise, o que mostra como ela mobiliza fantasias.
É um fato
que ela surgiu como um terremoto, que abalou o século 19. É o filosofo Jacques Derrida quem disse que
Freud ajudou a pôr em dúvida um grande número de coisas referentes à lei, ao
direito, à religião, a autoridade patriarcal e tantas outras questões.
Realmente a Psicanálise é uma força criativa de reflexão e de questionamentos.
Freud trouxe para o centro dos estudos sobre a mentalidade humana os processos
de simbolização o que provocou uma virada na Filosofia. A inserção da
psicanálise dentro de todas as áreas do
conhecimento tornou-se inevitável.
O que ela é
então? É uma teoria sobre a estrutura e funcionamento
da mente. É um método terapêutico. É um campo permanente de pesquisas.
Freud
definiu o ser humano como um ser em permanente conflito entre as forças de Vida
e as forças de Morte. E hoje os cientistas estão vendo estes conflitos até nos
neurônios, onde apontam impulsos de repulsa e aceitação, de recompensa e
punição.
“ Não somos senhores em nossa própria casa.”
Este é o ponto de partida da Psicanalise: a existência e a atuação do
Inconsciente. Em seguida veio a descoberta da sexualidade infantil, das pulsões de Vida e de Morte, do Complexo
de Édipo.
E no nosso
trabalho diário como psicanalistas continuamos a fazer aquilo que Freud fez,
quando chamou o mundo para a responsabilidade, como disse o Derrida: nós
chamamos as pessoas para a responsabilidade de “se salvar” de sua prisão
pessoal, de sua condição de ser vítima de si mesmo. O que nos caracteriza não
são nossas respostas mas sim nossa maneira de formular as questões, de
identificar os problemas, de ir além do aparente. Estamos sempre chamando
atenção para o mundo interno, incentivando as pessoas a terem mais carinho com
sua condição humana.
Não visamos
a cura de sintomas; nosso trabalho consiste em ajudar o paciente a desenvolver
recursos novos ou recompor os recursos danificados. Não tentamos livrar o
paciente do sofrimento mas ajuda-lo a desenvolver recursos para suportar o sofrimento que nos é inerente, que é inerente
à condição humana.
Suad
Haddad de Andrade
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
07:46
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Palestra com o tema:
Ética, estética e psicanálise
Apresentador: Dr. Leopold Nosek – Psicanalista
da SBPSP
Data - 18
de setembro de 2015
Horário - 20 às 22h
Local -
Sede da SBPRP – Rua Ércole Verri, 230
Valor único R$ 50,00
Dando continuidade ao ciclo “Movimentos na Psicanálise atual: expansões e rupturas”, a atual Comissão Científica da SBPRP, está organizando o IV expansões. Receberemos o psicanalista e membro efetivo da SBPSP o Dr. Leopold Nosek, que dividirá conosco suas ideias e experiências sobre: “Ética, Estética e Psicanálise”.
O objetivo deste evento é propiciar aos participantes a oportunidade de refletir sobre, discutir e questionar este inquietante
tema, comumente presente na clínica psicanalítica atual.
Emanuel
Lévinas propõe que o conhecimento vem do exterior, do outro, e o desejo,
enquanto acolhimento do outro, é a condição ética critica do saber. Leopold Nosek, em entrevista ao jornal da
Fepal (2012) concordando com Lévinas, propõe que “O conhecimento psicanalítico começa com um ato
ético, com um gesto ético de se deixar traumatizar pela presença do outro, o
que é muito bonito, inclusive esteticamente, mas só depois viria a ontologia e
a estética...é do encontro com o outro
que há de existir respeito à alteridade”.
Reinaldo Normand, empreendedor brasileiro na área de
tecnologia, em sua obra “Vale do silício - entenda como funciona a região mais
inovadora do planeta” (2014), nos diz que, na atualidade do Vale do Silício, a
palavra do momento é “COMPARTILHAR”. Convidamos
a todos para participarem deste encontro, que acontecerá no dia 18 de setembro
na sede da SBPRP.
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