terça-feira, 7 de maio de 2013

em cartaz no Projeto Cinema e Psicanálise
Por Cristiane Sampaio
MTB 61.431



Olá,

Hoje preparamos um post especial sobre a primeira sessão de Cinema e Psicanálise de 2013. O filme “O ano em que meus pais saíram de férias” foi escolhido a dedo pela Comissão do Projeto. Uma película brasileira aprovada pela crítica e pelo público, dirigida por Cao Hamburger, cineasta e roteirista brasileiro, famoso por dirigir e produzir séries de televisão para crianças. A sessão acontece no próximo dia 19 de Maio às 15h, no SESC Ribeirão Preto. Os comentários serão realizados pela Psicóloga e Membro da SBPRP, Luciana Marchetti Torrano.

O filme se passa em 1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem de esquerda e serem perseguidos pela ditadura, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém, o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tenha que ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é seu vizinho. Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova realidade, que oscila entre momentos de tristeza pela situação em que vive e também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo.
 
Gostaram? Bom, não para por aí. Para instigar vocês ainda mais para esta sessão de Cinema e Psicanálise, a nosso convite, a psicóloga Luciana que deve comentar o filme nos concedeu uma prévia de como deverá conduzir o debate após a sessão. Acompanhem!

“Freud, quando elaborou a técnica psicanalítica, disse certa vez, que a função da psicanálise era favorecer ao homem ser capaz de amar e trabalhar, ou seja, a emoção do amor, que nos liga a outros é alimento das relações sociais e seu aperfeiçoamento favorece que as diferenças sejam toleradas e respeitadas, o trabalho por sua vez, visto pelo vértice da produtividade, refere-se também a nossa capacidade de pensar, ou seja, ligar dentro de nossas mentes duas ou mais idéias, com afetos, memórias e construir algo novo.

Ao assistirmos o filme podemos experimentar, ou ao menos supor, a dor provocada pela proibição de pensar (imposição da ditadura), de tolerar as diferenças e o conflito entre estas normas e o desejo de conhecer, crescer e poder sonhar que existe no universo mental de Mauro, o herói da trama.

O filme trata de uma maneira sutil, mas firme, um período negro da história deste país, a chamada "era de chumbo" da ditadura militar. A visão inteligente e equilibrada a partir da realidade do menino, contrasta com a violência que aparece apenas "en passant", mas que pulsa ameaçadora à volta de todos naqueles anos." Francisco Russo, Editor do Adoro Cinema.

O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias é o segundo longa-metragem de Cao Hamburger, que já fez Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme. O roteiro demorou quatro anos para ser feito e passou por quatro pessoas - o próprio Cao, Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani e Anna Muylaert. Segundo o diretor, "Muito da história do filme é parte de minhas memórias e das do Cláudio. Não é um filme autobiográfico, mas contamos muito de nossa própria infância nele. Já Anna e Bráulio me ajudaram bastante na estruturação do roteiro". O longa saiu vencedor no Festival do Rio de 2006. Indicado a participar do Oscar de 2008 de melhor filme estrangeiro.


O meu comentário não tem como objetivo, discutir o cenário político da época, no entanto, a política, será abordada subjetivamente pela experiência de Mauro, seu olhar infantil frente ao mundo adulto e os seus recursos afetivos para lidar com a situação vivenciada e superá-la de forma criativa e surpreendente”.

Clique AQUI e confirme sua presença no evento.
Nos vemos lá!

Fonte: Adorocinema.com.br

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