em cartaz no Projeto Cinema e Psicanálise
Por Cristiane Sampaio
MTB 61.431
Olá,
Hoje preparamos um post especial sobre a primeira
sessão de Cinema e Psicanálise de 2013. O filme “O ano em que meus pais saíram de férias” foi escolhido a dedo pela
Comissão do Projeto. Uma película brasileira aprovada pela crítica e pelo
público, dirigida por Cao Hamburger,
cineasta e roteirista brasileiro, famoso por dirigir
e produzir séries de televisão para crianças. A sessão acontece no próximo dia 19 de Maio às 15h, no SESC Ribeirão
Preto. Os comentários serão realizados pela Psicóloga e Membro da SBPRP, Luciana Marchetti Torrano.
O filme se passa em 1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12
anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia sua vida muda completamente, já
que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para
ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir por serem de esquerda
e serem perseguidos pela ditadura, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo
Autran). Porém, o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tenha que
ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é seu vizinho.
Enquanto aguarda um telefonema dos pais, Mauro precisa lidar com sua nova
realidade, que oscila entre momentos de tristeza pela situação em que vive e
também de alegria, ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira na Copa do
Mundo.
Gostaram? Bom, não para por aí. Para instigar
vocês ainda mais para esta sessão de Cinema e Psicanálise, a nosso convite, a
psicóloga Luciana que deve comentar
o filme nos concedeu uma prévia de como deverá conduzir o debate após a sessão.
Acompanhem!
“Freud, quando elaborou
a técnica psicanalítica, disse certa vez, que a função da psicanálise era
favorecer ao homem ser capaz de amar e trabalhar, ou seja, a emoção do amor,
que nos liga a outros é alimento das relações sociais e seu aperfeiçoamento
favorece que as diferenças sejam toleradas e respeitadas, o trabalho por sua
vez, visto pelo vértice da produtividade, refere-se também a nossa capacidade
de pensar, ou seja, ligar dentro de nossas mentes duas ou mais idéias, com
afetos, memórias e construir algo novo.
Ao assistirmos o filme
podemos experimentar, ou ao menos supor, a dor provocada pela proibição de
pensar (imposição da ditadura), de tolerar as diferenças e o conflito entre
estas normas e o desejo de conhecer, crescer e poder sonhar que existe no
universo mental de Mauro, o herói da trama.
O filme trata de uma maneira sutil, mas firme, um
período negro da história deste país, a chamada "era de chumbo" da
ditadura militar. A visão inteligente e equilibrada a partir da realidade do
menino, contrasta com a violência que aparece apenas "en passant", mas que pulsa
ameaçadora à volta de todos naqueles anos." Francisco Russo, Editor do Adoro Cinema.
O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias é o segundo longa-metragem de Cao
Hamburger, que já fez Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme. O
roteiro demorou quatro anos para ser feito e passou por quatro pessoas - o
próprio Cao, Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani e Anna Muylaert. Segundo o
diretor, "Muito da história do filme é parte de minhas memórias e das do
Cláudio. Não é um filme autobiográfico, mas contamos muito de nossa própria
infância nele. Já Anna e Bráulio me ajudaram bastante na estruturação do
roteiro". O longa saiu vencedor no Festival do Rio de 2006. Indicado a
participar do Oscar de 2008 de melhor filme estrangeiro.
O meu comentário não
tem como objetivo, discutir o cenário político da época, no entanto, a
política, será abordada subjetivamente pela experiência de Mauro, seu olhar
infantil frente ao mundo adulto e os seus recursos afetivos para lidar com a
situação vivenciada e superá-la de forma criativa e surpreendente”.
Clique AQUI
e confirme sua presença no evento.
Nos vemos lá!
Fonte: Adorocinema.com.br
0 comentários:
Postar um comentário