quarta-feira, 29 de julho de 2015
quarta-feira, 22 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
10:06
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Assinaturas
Assinatura Anual
(compreendendo 2 exemplares)
R$ 120,00
Números Avulsos
R$ 60,00
Assinatura Anual para o Exterior
US$ 70,00
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1. Cheque nominal à:
Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto
Rua Ércole Verri, 230 - Jd. Ana Maria
CEP: 14026-200
Ribeirão Preto/SP
Tel: (16) 3623-7585
2. Depósito bancário:
Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto
CNPJ: 00.259.760/0001-18
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Agência 0680-7 C/C 49.085-7
OBS.: O comprovante de depósito deverá ser enviado para a Secretaria da SBPRP para o e-mail sbprp.secretaria@gmail.com
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sexta-feira, 10 de julho de 2015
07:00
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Resumos dos artigos
publicados no Vol. V. Nº 2 da Berggasse 19
“Humor, Verdade e
Psicanálise”
Estamos perdendo o
humor? Um breve ensaio psicanalítico sobre a complexidade do riso
Arnaldo Chuster, Rio de Janeiro
Resumo: O
autor parte da observação de um fato cotidiano registrado no saguão de um
aeroporto e faz uma pergunta: estamos perdendo o humor? Desenvolve a partir daí
uma série de reflexões sobre as facetas do humor, exemplificando com o próprio,
procurando mostrar sua complexidade e sua relação com a cultura através de
vários vértices. Finalmente, procura mostrar que, em última instância, as
manifestações de humor se referem ao complexo de Édipo.
Palavras-chave:
humor, complexidade, cultura, complexo de Édipo.
Humores: pensamentos
sonhos Uma livre adaptação do Capítulo 27 de O sonho, de W. R. Bion
Antonio Sapienza, São Paulo | Paulo de Moraes Mendonça
Ribeiro, Ribeirão Preto
Resumo: Os
autores propõem uma livre-adaptação de um trecho do livro Uma memória do
Futuro, de W. R. Bion, a fim de estimular no leitor elementos oníricos para um
exercício ativo de reflexão sobre funções psicanalíticas. Os personagens do
texto foram trabalhados para estimular associações livres - sonhos - com
objetos internos e/ou dimensões inconscientes do leitor, buscando contato
fértil com diferentes vértices de observação da realidade psíquica.
Palavras-chave:
Uma Memória do Futuro, realidade psíquica, objetos internos, dimensões mentais,
psicanálise
Reflexões sobre o humor
e a verdade no espetáculo: do que rimos nós hoje?
Eugênio Bucci, São Paulo
Resumo: A
presente conferência procura refletir sobre a relação entre o sujeito e as
ofertas dos programas humorísticos disponíveis, na vasta indústria do
entretenimento. Nesse percurso, tento estabelecer uma aproximação especulativa
entre a ideia lacaniana de “estádio do espelho” e o conceito freudiano de
unheimlich, de tal forma que o estranho e o familiar se cruzam, produzindo
choques e complementaridades. A partir daí, cenas de humorísticos e de
programas de auditório brasileiros serão lembrados e comentados.
Palavras-chave:
televisão, humor, estádio do espelho, unheimlich, riso.
Cartum e humor, ou
Lorax
Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues (LOR), Belo Horizonte
Resumo: O
humor é uma necessidade psíquica que pode ser buscada de diversas formas, entre
elas o cartum, ou desenho de humor. O humor pode ser alcançado pelos
cartunistas, ao desenharem seus cartuns, e pelos expectadores, ao contemplarem
os cartuns realizados. Alguns dos significados psicológicos e sociais do humor
são discutidos no presente texto. Apesar de populares, os cartuns são pouco
conhecidos em suas diversas especialidades que apresentam grandes diferenças no
modo de criação, no público-alvo e no seu conteúdo ideológico. O processo
relativamente misterioso da criação de um cartum é apresentado, sendo fornecido
um exemplo para ser discutido. Em conclusão, acredito que é preciso garantir
uma fonte cotidiana de humor na superação de diversas angústias.
Palavras-chave:
humor, cartum, arte.
Humor e verdade em
Friedrich Nietzsche
Oswaldo Giacoia Junior, São Paulo
Resumo: O
texto tem como propósito examinar o papel estratégico desempenhado pelo humor
na crítica de Nietzsche à metafísica e à ciência, mostrando como os efeitos do
riso e da graça podem ser armas eficientes no combate às pretensões dogmáticas
no campo do conhecimento e do agir.
Palavras-chave:
arte, metafísica, ciência, leveza, humor, gravidade.
O eco do riso: a
comédia mediterrânea na cultura ocidental
Marisa Giannecchini Gonçalves de Souza, Ribeirão Preto
Resumo: A
matriz do teatro clássico está estreitamente ligada à comédia. Em busca de
revisitá-la, em invariantes e variáveis, tece-se um caminho, do Mediterrâneo
aos autores modernos e contemporâneos, em permanente interlocução. De
Aristófanes, Plauto e Terêncio a um recorte que contempla Molière, Ariano
Suassuna e Millôr Fernandes, instala-se, para além do gênero teatral, um modo
de ler a comédia humana até o presente. Entre ecos e risos, Umberto Eco ata as
duas pontas da história e da vida.
Palavras-chave:
comédia, riso, ecos, signos do espetáculo.
Estados autistas:
desenhos do paciente, traços e formas a serem resgatados. Desenhos do analista,
recurso técnico para a interpretação gráfica
Alicia Beatriz Dorado de Lisondo, Campinas
Resumo: Neste
trabalho, foco a importância do desenho com pacientes com Transtornos Globais
no Desenvolvimento Emocional (TGD). De maneira geral, este vasto conjunto
abarca os seres que fracassaram na construção de uma noção de si próprios e do
objeto humano. O paciente pode dar forma através do grafismo a vivências
primitivas que ainda não puderam alcançar o umbral do símbolo, a narrativa
verbal e o sonho. Nos TGDs, o analista pode desenhar, além de verbalizar a
interpretação, como valioso recurso técnico. O desenho reclama (Alvarez, 1992)
e conclama a atenção numa possível atividade compartilhada. A interpretação
gráfica permite a expressão do objeto analítico e facilita novos níveis de
compreensão. A folha pode vir a ser o cenário potencial de um espaço
transicional. Num voo histórico, Freud, Klein, Winnicott e Bion são revisitados
para iluminar o sentido dos traços e formas nas suas obras. Uma vinheta clínica
ilustra a importância dos traços e formas no processo analítico.
Palavras-chave: estados autistas, linguagem gráfica,
interpretação gráfica.
Transbordando o limite:
a Verwerfung e a Verleugnung na clínica borderline
Regina Lúcia Braga Mota, Brasília
Resumo: A
partir da clínica, a autora destaca como os mecanismos da Verwerfung e da
Verleugnung aparecem tanto no discurso quanto nos actings transferenciais na
patologia borderline. O transbordamento da fronteira para a neurose, psicose e
perversão é evidenciado pelas manifestações observadas na clínica, podendo
aparecer subitamente dentro de uma sessão de análise. O estudo dos fenômenos
encontrados inclui ideias de Freud, Bion, Green e Lacan, entre outros autores.
Palavras-chave: Verwerfung; foraclusão;
Verleugnung; renegação; clínica borderline
A mulher, terra
incógnita – Considerações psicanalíticas sobre a feminilidade a partir de obras
cinematográfica e literária
Marly Terra Verdi, São José do Rio Preto
Resumo: O
presente artigo traz o filme O piano (1993) e o livro de Mia Couto Antes de
nascer o mundo (2009a), para discutir as questões do feminino. Relaciona como o
homem europeu faz ao mesmo tempo a conquista sobre outras terras e outros povos
e o domínio sobre as mulheres. Discute, do ponto de vista psicanalítico, esta
dominação e as mudanças trazidas pela conquista da liberdade feminina e como
agora ambos lutam por estabelecer uma nova forma de relação e de equilíbrio e
as dificuldades desta nova conquista.
Palavras-chave:
Psicanálise, filme O Piano, Mia
Couto, submissão feminina.
Estados de retraimento
afetivo: reflexões clínicas inspiradas em “Hugo Cabret”
Débora Agel Mellem, Franca
Resumo: Este
trabalho apresenta reflexões sobre a clínica psicanalítica, a partir da análise
do filme A invenção de Hugo Cabret. É usada como modelo a situação de seu
protagonista, um menino órfão e solitário que busca consertar um autômato, para
se pensar na técnica analítica com diversos estados de retraimento afetivo.
Seguindo as características dos personagens do filme, são abordados
funcionamentos psíquicos desde os mais precários, com aspectos de robotização e
um sentimento de inexistência, até estados nos quais na análise é despertada a
condição de simbolizar, lidar com a dor psíquica e elaborar lutos. É enfatizada
a presença do analista como um objeto vivo que usa sua intuição, firmeza e
atividade onírica.
Palavras-chave:
Hugo Cabret, clínica psicanalítica, retraimento afetivo, dor psíquica, objeto
vivo.
terça-feira, 7 de julho de 2015
13:46
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Comentários do Filme
SÔNIA MARIA DE GODOY-
Psicóloga- membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão
Preto
“Oh, Deus! Possa eu estar
vivo quando morrer! ”
Donald Winnicott, psicanalista britânico,
assim se manifestou para mostrar seu enorme interesse por experiências que lhe
trouxessem novos conhecimentos. Pessoa descrita como essencialmente feliz por
sua esposa Claire, procurou expressar nesta frase seu desejo de poder continuar
interessado em aprender até o momento de deixar a vida.
Atualmente existe um
forte movimento em nossa sociedade no sentido de aceitar mudanças na atribuição
de funções para nós, seres humanos que alcançamos idades mais longevas do que
nossos antepassados. As descobertas científicas e tecnológicas que nos
proporcionam maior qualidade de vida têm ao mesmo tempo nos dado a chance de experimentarmos
novos comportamentos. A plasticidade cerebral, a regeneração de sinapses
neuronais e outras descobertas
científicas fazem cair por terra ideias
preconceituosas sobre aprendizados nesta “nova idade”. Hoje questionamos se avós e avôs teriam sido mesmo determinados
apenas para cuidarem dos netos, ou mesmo descansarem, como um compromisso
estabelecido e assentado entre gerações.
Se atentarmos para a
história da humanidade com olhar mais acurado, perceberemos que muitos já
tinham rompido com os “tabus da velhice” anteriormente. Lembro aqui Sigmund
Freud, que mais e melhor produziu em seus anos maduros, apesar das perdas e
lutos que sofreu em vida. Fernanda Montenegro, que aos 85 continua sendo das mais prestigiadas atrizes
brasileiras, tendo ganhado o Emmy Internacional em 2013. Chico Buarque, que chegado aos 70 começa a namorar a cantora
ruiva Thaís Gulin e nos oferece sua leitura do tempo sem tempo que é o do amor,
na deliciosa música Essa pequena : “meu tempo é curto/ o tempo dela sobra/ meu cabelo é
cinza/ o dela cor de abóbora/ temo que não dure muito/ nossa novela/ mas eu sou
tão feliz com ela...”
O filme que o Cinema e Psicanálise de Franca apresenta
neste sábado, O exótico hotel Marigold,
faz-nos pensar sobre estas e outras questões. Baseia-se no livro These foolish
things, Estas coisas tolas, de
Deborah Moggach. O diretor segue à
risca a autora, nos apresentando esta capacidade de alguns se redescobrirem nas
mínimas coisas. Os personagens vão se deparando com a importância dada às
coisas tolas, e aprendendo que elas não valem o esforço feito. As couraças, nas
quais todas as idades se prendem, inclusive o jovem par amoroso do filme, aos
poucos vão caindo, e suas verdades tão procuradas vão aparecendo. É uma comédia
deliciosa, que aborda a possibilidade de
rompermos com o conhecido para experimentarmos o desconhecido dentro e fora de
nós, independentemente da idade que tenhamos. Com esta ideia como fio condutor,
o filme nos mostra britânicos na terceira
idade que realizam a experiência absolutamente nova de mudar para um país
desconhecido, a Índia, deixando para trás filhos, parentes, amigos, abrindo-se
à aventura de conhecer novos amigos, amores, parcerias, reconciliando-se com o
passado, reencontrando-se consigo mesmos, e até mesmo trabalhando pela primeira
vez.
“Tudo sempre dá certo no
final! Se ainda não deu certo é por que ainda não chegou ao final! ” Estas as crédulas
palavras do personagem indiano, que é dono do hotel Marigold, em Jaipur na Índia,
descrito na internet como um excelente e excêntrico hotel para os idosos. A
verdade, bem, os novos hóspedes do hotel vão descobrir quando lá chegarem e se
acomodarem, enquanto vão se adaptando às novas rotinas, sabores, odores, sons e
cores, da Índia: “uma verdadeira explosão sensorial”, conforme palavras de uma
das protagonistas da história, Evelyn (Judy Dench).
Como em nossas vidas, entre
os personagens desta bela história encontramos variadas formas de pensar e
sentir: há os que construíram uma parede entre eles e as novas experiências e
rejeitam “mergulhar e descobrir o que existe de belo do outro lado”, conforme
conclama Evelyn. Manter-se em estado de nascimento e curiosidade em nossas
vidas, descobri-la em plenitude, fazer experiências inéditas, demanda coragem
para viver cada fase, respeitadas as diferenças e dificuldades que cada uma
delas impõe.
Este é um filme com uma
visão esperançosa e humanista sobre a vida, o amor e a morte, e em um de seus diálogos
tal reflexão é inevitável. Ao ser
perguntado pela mal-humorada Jean Ainslie (Penelope Wilton), que detesta tudo o
que a cerca, mesmo em seu próprio país, “o que o senhor vê neste país que eu
não vejo? ” Graham lhe responde: “As luzes, as cores, os sorrisos. O modo das
pessoas verem a vida como um privilégio e não como um direito”.
No Cinema e Psicanálise deste sábado a psiquiatra e psicanalista Ana
Márcia Vasconcelos Rodrigues estará comentando e conversando sobre este e
outros sonhos que o filme possa provocar em nossa plateia fiel. Até lá!
O diretor
Para John Madden, 66, o diretor
inglês, “O mundo está envelhecendo. As pessoas vivem mais, a expectativa de
vida é cada vez maior. Esta geração cresceu de maneira privilegiada, evitando a
experiência da guerra, lidando melhor com a saúde e a doença, o que cria outra
experiência de amadurecimento. ”
Esta
foi uma das suas motivações para filmar em 2011 O Exótico Hotel Marigold e recentemente
O Exótico Hotel Marigold II , que
acaba de estrear em cinemas do Brasil. Na
Inglaterra foi primeira bilheteria nas três primeiras semanas.
O
primeiro filme de Madden - Ethan Frome,
um amor para sempre, foi seguido
por Sua Majestade,
Mrs. Brown, que recebeu duas indicações ao Oscar. Embora não tenha muitos filmes no currículo, conquistou
mais de 50 prêmios por Shakespeare Apaixonado, de 1999. Além do Oscar por
melhor filme, melhor roteiro original, melhor figurino e melhor direção de
arte, e por suas atrizes Gwyneth Paltrow (melhor atriz) e Judy Dench
(coadjuvante), ganhou ainda o Bafta, o Globo
de Ouro e o do Sindicato de Diretores. Capitão Corelli, No Limite da Mentira, Golden Gate
e
A prova são outros títulos por ele assinados. Para a TV britânica produziu Inspector
Morse e The case-book of Sherlock Holmes
entre outros..
Sobre
O exótico
Hotel Marigold diz : “Não há nada mais excitante do que mergulhar em uma
outra cultura”.(SG)
Publicado
no jornal Comércio da Franca do dia 20/06/2015, no Caderno Nossas Letras.
_____________________________________________________________________________________________________________
Acompanhe a chamada para essa sessão, publicada no Jornal Comércia da Franca no dia 19/06/2015 no caderno de Artes:
Ana Márcia Vasconcelos de Paulo Rodrigues- médica
psiquiatra e psicanalista de Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão
Preto
No próximo dia 20/06, o
Cinema e Psicanálise de Franca apresentará o filme “O Exótico Hotel Marigold”.
Sua história é sensível, divertida e capaz de nos emocionar. Toca num tema tabu
para nossa sociedade atual que é o envelhecimento e suas repercussões. Mas a
jovialidade e o humor com que o roteirista e diretor do filme arquitetaram a
história, revelam o impacto e a alegria que surgem quando é possível o
reencontro do velho e do moço, de forma criativa e complementar.
Nos deleitamos com o esplêndido
time de atores que interpretam os personagens dos sete idosos britânicos que viajam para a
Índia, em busca do lugar paradisíaco que escolheram pela Internet, para gozar a
paz e harmonia, descanso e recompensa. Mas, o que encontram na realidade, é a
vida pulsante, intensa e, muitas vezes caótica, de um país que contêm o antigo
e o moderno em constante interação.
Vemos que mais do que a corajosa aventura como
estrangeiros que os “belos e idosos” fazem pela Índia, a verdadeira viagem vai
sendo a da descoberta de fatos emocionais essenciais de suas histórias
internas, que ficaram perdidos ou congelados, ao longo da vida.
O filme aborda, com
leveza e sensibilidade, a capacidade humana para o encontro com a diversidade
que há no contato humano e seus costumes, modos de viver e de pensar. A reação
de cada um perante o que é novo poderá ser a de paralisar, negar ou resgatar e
reconstruir o mundo interno.
Penso que nesta ousada
aventura, há uma busca inconsciente do que há de mais precioso e verdadeiro em
cada um, neste momento da vida.
E neste país cheio de paradoxos,
contrastes e contradições, torna-se decisiva a capacidade para apreciar a
beleza e sentir os prazeres e as dores de uma experiência emocional.
Precisamos da arte e
do senso de humor para nos aproximar de fatos dolorosos e universais como as
representações da passagem do tempo, do envelhecer e da morte. E a articulação
da psicanálise com o cinema, bem como com outras formas de arte, tem sido
extremamente rica, ao introduzir uma nova forma de apreender o ser humano.
Sendo assim, o
encontro da mente, que não tem idade, com o corpo que sofre as marcas do tempo
e envelhece, causa impacto e desencontro e exige um tremendo trabalho psíquico,
que foi chamado de envelhescência.
Neste sentido,
envelhecer não representa só um momento de perdas, mas pode ser um tempo de
maior liberdade para usar potenciais criativos adormecidos, realizar projetos
sonhados e, sobretudo, sermos nós mesmos.
O tratamento
psicanalítico é um encontro peculiar de inconscientes – qualquer que seja a
idade do paciente e do analista – e nele estão em jogo os desejos e os sonhos, que nunca envelhecem.
Este filme nos dá
oportunidade de nos aproximar, sem preconceito e com verdadeira apreciação, do
encontro-desencontro das diversas idades que nos constituem, em qualquer fase
da vida, sem excluir as peculiaridades de cada uma delas.
Informes
importantes: É aberto ao público em geral.
Dia 20 de junho, às 15 hs, no anfiteatro da sede
campestre do Centro Médico de Franca
Artigo publicado no Jornal Comércio da Franca do dia 19 de Junho de
2015, no Caderno de Artes.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
06:59
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Texto
estímulo para a palestra: “Aspectos Borderlines da Personalidade: o Manejo dos
Estados Mentais Primitivos” a ser proferida por Paulo de Moraes Ribeiro em 07
de julho de 2015.
No
encontro SEMEANDO A PSICANÁLISE do próximo dia 07 de Julho estaremos enfocando
um tema muito atual na clínica psicanalítica: os pacientes ditos “borderlines”,
ou sob um enfoque mais abrangente, os Estados Mentais Primitivos. Costuma-se
dizer que os pacientes “borderlines” de hoje corresponderiam às pacientes histéricas
do tempo de Freud, tamanha a prevalência destes fenômenos na clínica atual.
Com
um pouco de liberdade, podemos pensar que borderlines
somos todos nós, como também bipolares, esquizofrênicos ou neuróticos. Desde
que o psicanalista inglês W. R. Bion propôs que todos nós temos, além de uma
parte saudável na mente, também uma parte psicótica, houve uma revolução na
técnica de trabalho analítico. Atualmente, buscamos uma profunda empatia com
nosso analisando para criar uma valiosa ferramenta de trabalho: se pudermos
encontrar em nós mesmos os aspectos que nosso analisando está apresentando,
certamente estaremos mais próximos dele e poderemos ajudá-lo mais
eficientemente. Conhecimento profundo das teorias psicanalíticas, bem como da
própria personalidade, são caminhos de acesso às dimensões primitivas da mente
humana.
Neste
encontro, procuraremos conceituar os aspectos “borderlines” da personalidade,
rastreando as raízes desta configuração psíquica, com ênfase nos seus aspectos
dinâmicos e em especial no manejo clínico destas dimensões mentais.
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