quinta-feira, 26 de setembro de 2013

de Franca


O Semeando a Psicanálise em Franca continua inovando em seu quarto ano de funcionamento. Desde 2009, a SPBRP vem realizando com sucesso, um projeto sequencial de seminários teóricos e clínicos para alunos, recém-formados e profissionais de psicologia e áreas afins. Inicialmente esse projeto era idealizado em Ribeirão e os analistas iam para Franca nas faculdades levando o mesmo programa oferecido em Ribeirão. A inovação mais importante é que agora esse programa foi idealizado e organizado pelo grupo de analistas locais membros da SBPRP, apoiado pela Diretoria da SBPRP.

Contando com a valorosa parceria da Uni-Facef, através do vice-reitor Paulo de Tarso Oliveira, da coordenadora Patrícia Franco do Espírito Santo e da Profª Irma Benate, estamos realmente semeando um contato vitalizado com a teoria e a técnica psicanalítica, despertando curiosidade e promovendo experiências inéditas, tal como a prática de discussões de atendimentos em psicoterapia, feitos pelos alunos em clínica-escola. Apresentamos as expansões ocorridas na psicanálise desde Freud, passando por Klein e chegando a Bion, o que possibilita quebrar alguns tabus e preconceitos sobre o método de investigação do inconsciente.

Neste ano, através do atual Departamento de Cultura e Comunidade da SBPRP, realizamos no primeiro semestre, na Uni-Facef, um evento com um novo formato, uma reflexão teórica inspirada no filme "O cheiro do ralo", cujo tema foi "A Psicanálise na Clínica atual: a construção do pensar", apresentado por Ana Márcia V.P. Rodrigues. Em seguida fizemos um seminário clínico coordenado por duas analistas: Débora Mellem e Sônia Godoy, que juntamente com as contribuições da palestrante, favoreceu um intenso clima de participação do público.



No segundo semestre teremos outra novidade, estamos ampliando o nosso semear em outro terreno - na Unifran, através do apoio da coordenadora Tereza Cristina Imada, da Professora Elizabete Touso (setor de extensão) e das docentes Kênia Peres, Maria Salete J. Lucas e Maíra Touso, ligadas à área de psicoterapia psicanalítica. A proposta é estreitar a troca de experiências entre o saber que advém da formação psicanalítica ligada às sociedades pertencentes à IPA. e a rica bagagem adquirida na universidade. Teremos o evento no dia 9 de outubro de 2013, com a seguinte programação: o seminário teórico ministrado por Ana Regina Morandini Caldeira que versará sobre o tema: "A Psicanálise e a mente do analista: o sentir e o sonhar na sessão." Maria Salete Junqueira Lucas, psicóloga e docente da Unifran fará comentários sobre a palestra e em seguida a psicanalista Rosângela de Oliveira Faria coordenará o seminário clínico.

No segundo semestre teremos um outro encontro na Uni-Facef que será divulgado em breve.

Do encontro entre o trabalho das psicanalistas unidas nessa comissão com o terreno fértil para semeadura da psicanálise presente em Franca surgiram esses dois eventos. O Trabalho continuará.

Comissão do Semeando a Psicanálise de Franca

Ana Márcia V.P. Rodrigues
Ana Regina M. Caldeira
Débora Mellem
Fátima M.Cassis R. Santos
Josiane B. Oliveira
Rosângela O. Faria
Sônia M. Godoy

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“Em Outubro, “Clarice...” – Inscreva-se AQUI!



terça-feira, 24 de setembro de 2013



É o tema da III Bienal de Psicanálise e Cultura da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto, que será realizada nos dias 15, 16 e 17 de maio de 2014.

Nas palavras da Dra. Lia Fátima Christovão Falsarella, atual Diretora Científica e Coordenadora Geral do evento: “A psicanálise não ilude a dor, nem a torna risível, mas a acolhe em continente que a desintoxica de excessos indigestos. A função última da psicanálise também é fornecer ao homem o alimento da verdade que, se não o torna tão mais feliz, o faz mais forte para lutar pela felicidade. Humor e Psicanálise são métodos de ingerir doses de verdade”.

Um rico programa está sendo organizado para adentrarmos nesta instigante temática, que a exemplo das duas primeiras Bienais, reunirá profissionais de diferentes áreas de conhecimento. Serão psicanalistas, jornalistas, escritores, filósofos, sociólogos, dramaturgos, entre outros, distribuídos em cursos, conferências e mesas redondas. Fará parte também da programação, atividades bem humoradas, artísticas e culturais, entrelaçadas com as atividades científicas.

Segue o programa preliminar, com temas e profissionais confirmados:

CURSO I: “Humor e verdade na comédia grega: uma leitura psicanalítica” - Raul Hartke – Psicanalista - SPPA

CURSO II: “Humor em Shakespeare” - Marlene Soares dos Santos - Professora Titular de Literatura Inglesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro

MESA: “Humor e Dor Mental”
Palestrantes: Antonio Carlos Eva – psicanalista - SBPSP
                   Mário Prata – Dramaturgo, escritor, jornalista.

CONFERÊNCIA: “Humor e Verdade em Nietsche”              
Conferencista: Oswaldo Giacóia – Filósofo - SP

MESA: “Reflexões sobre Humor e a Verdade na Grande Mídia - TV e Internet”
Palestrantes: Liana Albernaz de M. Bastos – Psicanalista - SBPRJ
                   Eugênio Bucci – Jornalista - SP

CONFERÊNCIA:Chaplin: da tragédia pessoal à comédia Universal”
Conferencista: Ignácio Gerber – Psicanalista, músico - SBPSP

MESA:A caricatura na cena analítica: a função do exagero”
Palestrantes: Arnaldo Chuster – Psicanalista - SPRJ
                   Luís Oswaldo Rodrigues - Cartunista - MG
                                              
CONFERÊNCIA: “O humor na prática clínica psicanalítica: reflexões a partir do capítulo 27 do ‘O Sonho’ de “Uma Memória do Futuro" de W. R. Bion” (título provisório).
Palestrante: Antônio Sapienza – Psicanalista -SBPSP

MESA:O Riso e o Risível”
Palestrantes: Luiz Tenório Oliveira Lima – Psicanalista - SBPSP
                   Verena Alberti – Historiadora, escritora, socióloga – RJ

CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO: “Humor, Verdade e Psicanálise”
Conferencista: Cláudio Eizirik – Psicanalista - SPPA

Nas próximas comunicações traremos informações atualizadas e entrevistas com os convidados sobre os temas que serão abordados.

Acompanhe sempre as notícias aqui em nosso blog.


Comissão de Divulgação:

Gislene Andrade Santos
Mauro Campos Balieiro
Patrícia R. de Andrade Tittoto

Coordenação: Guiomar Papa de Morais



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Clarice Lispector: Inquietações do inacessível


Clarice Lispector, uma das personalidades mais inteligentes e sensíveis do cenário cultural brasileiro, publicou por muitos anos uma coluna semanal no “Jornal do Brasil”, que foram reunidos no livro “A DESCOBERTA DO MUNDO”. Nestas crônicas, Clarice se desvelava: “Na literatura de livros permaneço anônima e discreta. Nesta coluna, estou de algum modo me dando a conhecer.” No texto de 29/8/1970, Clarice revela por meio de uma linguagem clara e simples, na forma de perguntas e respostas, a densidade e profundidade de seu mundo subjetivo.

                      “Perguntas e Respostas para um Caderno Escolar”


- Qual é a coisa mais antiga do mundo?
 Poderia dizer que é Deus que sempre existiu.

- Qual é a coisa mais bela?
O instante de inspiração.

- E Deus quando criou o Universo não o fez no momento de Sua maior inspiração?
O Universo sempre existiu. O cosmos é Deus.

- Qual das coisas é a maior?
O amor, que é o maior dos mistérios.

- Qual das coisas é a mais constante?
O medo. Que pena que eu não possa responder que é a esperança.

- Qual o melhor dos sentimentos?
O de amar e ao mesmo tempo ser amada, o que parece apenas um lugar-comum mas é uma de minhas verdades.

- Qual é o sentimento mais rápido?
O sentimento mais rápido, que chega a ser apenas um fulgor, é o instante em que um homem e uma mulher sentem um no outro a promessa de um grande amor.

- Qual é a mais forte das coisas?
O instinto de ser.

- O que é mais fácil de se fazer?
Existir, depois que passa o medo.

- Qual é a coisa mais difícil de realizar?
A própria relativa felicidade que vem do conhecimento de si mesmo. (depois as perguntas se tornaram mais complicadas.)

- Você é tímida como escritora?
Na hora de escrever não sou tímida. Pelo contrário: Entrego-me toda. Como pessoa sou às vezes inibida.

- Como nascem suas histórias? Elas são planejadas antes do ato de escrever?
Não, vão se desenvolvendo à medida que escrevo, e nascem quase sempre da mesma sensação, de uma palavra ouvida, de um nada ainda nebuloso.

- Como é que você se sente durante o ato de escrever? E depois de escrito o livro, você se preocupa com o destino dele?
Enquanto escrevo o bom é que não dou mostra da grande excitação de que às vezes sou tomada. E por mais difícil que seja o trabalho, sinto uma felicidade dolorosa, pois, com os nervos aguçados, fico sem a cobertura de um cotidiano banal. E depois de pronto o livro, de entregue ao editor, posso dizer como Julio Cortázar: retesa o arco ao máximo enquanto escreve e depois o solta de um só golpe e vai beber vinho com os amigos. A flecha já anda pelo ar, e se cravará ou não cravará no alvo; só os imbecis podem pretender modificar sua trajetória ou correr atrás dela para dar-lhe empurrões suplementares com vistas à eternidade e às edições internacionais.

- O que acontece com a pessoa encabulada que você é, enquanto tem a ousadia de escrever?
Desabrocho em coragem, embora a vida diária continue tímida. Aliás, sou tímida em determinados momentos, pois fora destes tenho apenas o recato que também faz parte de mim. Sou uma ousada-encabulada: depois de grande ousadia é que me encabulo.

- Você conhece os seus maiores defeitos?
Os maiores não conto porque eu mesma me ofendo. Mas posso falar naqueles que mais prejudicam a minha vida. Por exemplo, a grande fome de tudo, de onde decorre uma impaciência insuportável que também me prejudica.

- Você sente e participa dos problemas da vida nacional?
Como brasileira seria de estranhar se eu não sentisse e não participasse da vida de meu país. Não escrevo sobre problemas sociais, mas eu os vivo intensamente e, já em criança, me abalava inteira com os problemas que via ao vivo.

[In: Clarice Lispector, A Descoberta do Mundo – Rio de Janeiro: Rocco, 1999, pag.308.]

O Espaço Cultural da SBPRP convida a todos para uma
interlocução entre a Literatura e a Psicanálise.

Participem!


Clique AQUI e se inscreva!
Confirme sua presença na página do evento no Facebook. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

XXIV Congresso Brasileiro de Psicanálise

Por Cristiane Sampaio
Mtb. 61.431


Agora, falta apenas uma semana para o maior evento nacional de Psicanálise, e quem ainda não se inscreveu tem até sexta-feira (20/09) para garantir uma vaga. O XXIV Congresso Brasileiro de Psicanálise - “Ser contemporâneo: Medo e Paixão” acontece entre os dias 25 e 28 de Setembro, em Campo Grande – MS.

#TEMA
O tema deste congresso foi cuidadosamente escolhido e vai oportunizar interessantes discussões. Com o título “Ser contemporâneo: Medo e Paixão", estaremos debatendo importantes questões que afligem o homem contemporâneo e suas repercussões em nossa técnica psicanalítica atual. 

Neste ano de 2013, o seminal trabalho de Freud – “Totem e tabu” completa 100 anos. Durante o evento, este grande mestre da psicanálise será homenageado por meio de painéis que lançam um olhar mais detalhado sobre esta obra e sua relação com o homem contemporâneo. 

#SERVIÇOS

Local
Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande-MS. 
Clique AQUI e conheça!

Inscrições

Valores
Mais informações? Clique AQUI!






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“Em Outubro, “Clarice...” – Inscreva-se AQUI!


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

“O SEGREDO DOS SEUS OLHOS”


Olá,

Hoje viemos convidá-los para a próxima sessão de Cinema & Psicanálise. O filme escolhido para abrirmos o projeto neste segundo semestre foi “O segredo dos seus olhos”, do famoso diretor argentino Juan José Campanella. A exibição acontece neste domingo (15/09) às 15 horas, no SESC Ribeirão Preto. 

A nosso convite a Psicóloga e Membro filiado da SBPRP, Sônia Maria de Godoy, que também será comentarista após a sessão, preparou uma síntese sobre o filme. Confira!

          
  “Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro?[...] é a janela do corpo humano, por onde a alma especula e frui a beleza do mundo, aceitando a prisão do corpo que, sem esse poder, seria um  tormento.” Leonardo da Vinci
 
“Pai, me ajuda a ver o mar?” conta Eduardo Galeano, no conto de um menino surpreso diante da grandeza que via à sua frente. Como no filme argentino “O Segredo dos seus olhos” parece pedir Benjamin Espósito, diante de Irene Hastings. Ele se assemelha ao menino que diante de sentimentos intensos pede auxílio para algo que não sabe nem compreender, nem expressar. Sentimentos que transbordam quando se encontra com ela e de tão avassaladores lhe fazem perder as palavras. Ele vive um caso de amor silenciosamente, enquanto investiga um brutal assassinato na Argentina de 1974, em plena época de ditadura e perseguições políticas. Sofre ameaças de morte, e por esta razão se ausenta por vinte e cinco anos, quando então volta à Buenos Aires à procura da mulher amada para dizer-lhe que decidiu escrever um romance sobre o “caso Morales”. Busca inconscientemente a escrita, como um meio de se aproximar de seus sentimentos e torná-los claros para si mesmo. Olhar e ver e então compreender o que vimos e, além disto, discriminar o que sentimos ao ver é algo complexo, pois demanda a construção de sentido para o que entrou por nossos olhos alcançando nossas emoções.

Este filme é baseado em um conto escrito por Eduardo Sachieri  chamado “A pergunta de seus olhos”. Foi brilhantemente dirigido por Juan José Campanella, e ganhou o Oscar de filme estrangeiro de 2010. O filme começa com a cena sobre a despedida de Benjamin e Irene numa estação ferroviária, enquanto a música linda de fundo nos traz a emoção do casal enamorado inconformado com a despedida. Ele dentro do trem que parte, ela correndo atrás, “com as mãos na janela sobre as dele, como que desejando fundirem-se numa só pessoa”, conforme diz Irene mais tarde. A despedida impactante logo no início nos faz pensar num amor frustrado, que descobrimos em seguida, fazer parte do romance escrito por Benjamin, parte de suas memórias. O filme através de “flash backs” nos envolve e faz acompanhar duas realidades: o passado onde o início do relacionamento, o crime e os conflitos nos são apresentados, e o presente, no momento em que já aposentado, Benjamin retoma seu contato com Irene.

Para Benjamin Espósito torna-se algo bastante complexo dar significado aos afetos  desencadeados a partir de um simples olhar trocado com Irene. Seu segredo fica desconhecido, escondido até mesmo dele, que olha e sente algo, mas não consegue definir, fazer ligações entre o que viu e o que sentiu. O seu temor permanece maior do que seu amor.

Para todos nós experimentar este sentimento é sentir dependência do outro, sentir sua ausência, esperar pela alegria de sua presença. Tornamos-nos dependentes da realidade desta outra pessoa, de suas possibilidades e impossibilidades.

No entanto, ao realizar o desejo de preencher com o romance que escreve alguma coisa que lhe escapa a partir das revelações sobre o “caso Morales”, a revelação sobre a vida de Morales, a descoberta sobre a transformação que nele ocorre pela perda de Liliana –seu grande amor- mobiliza em Benjamin a verdade sobre seus próprios sentimentos. Suas reflexões sobre um passado desconectado pela ausência de ligações, encontra sílabas, palavras que se entrelaçam aos seus sentimentos e os descreve, dando-lhes significados. Assim sua coragem transforma TE...MO em TE AMO.
Sônia Maria de Godoy

E aí, gostou? Então, confirme AQUI a sua presença na sessão de domingo.
Nos vemos lá!


terça-feira, 10 de setembro de 2013

“Setting analítico ontem e hoje”
Por Cristiane Sampaio
Mtb. 61.431


Olá,

Hoje vamos divulgar o próximo encontro do SAP – Serviço de Atendimento em Psicanálise, que acontece na terça-feira (17/09) na sede da SBPRP. Às 20h será realizada a sessão com o projeto Semeando sobre o tema “Setting analítico ontem e hoje” e às 21h a sessão do projeto Clinicando. Um evento imperdível aos universitários e profissionais interessados em psicanálise.

Segundo a psicanalista Ana Cláudia G. R. de Almeida, “O setting analítico se constitui como o conjunto de condições necessárias à realização do trabalho analítico, estando aí entrelaçadas as condições formais (como horários, local, honorários, frequência, etc.) com as condições internas do analista para acolher seu analisando. Os aspectos formais parecem ser evidentes ou mais simples de serem reconhecidos, porém não são suficientes para sustentar o trabalho de análise. Ao longo do desenvolvimento do conhecimento psicanalítico, a pessoa real do analista com suas condições internas foi sendo cada vez mais considerada como inerente ao setting, expressando a necessidade de que a teoria psicanalítica seja algo vivenciado, incorporado e não apenas conhecido. Mas a partir destas reflexões poderíamos dizer que o setting analítico se transformou ao longo do tempo? Haveria um setting ontem e outro hoje? Vamos conversar?”

Vamos e será uma conversa e tanto. Não deixem de participar!

# Conheça o projeto - Terças na Sociedade
Semeando a Psicanálise e Clinicando em Ribeirão Preto

O objetivo é apresentar alguns aspectos da teoria e técnica psicanalítica, para estudantes e profissionais recém-formados dos cursos de psicologia e medicina por meio de palestras e seminários clínicos ministrados por psicanalistas da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto. O projeto é organizado pela Dra. Regina C. Mingorance de Lima, com a colaboração da Sra. Marystella Carvalho Esbrogeo.

# Serviço

SBPRP 
Rua Ércoli Verri, 230 - Jardim Ana Maria
Ribeirão Preto - CEP- 14026-200
(16) 3623-7585 



quinta-feira, 5 de setembro de 2013


Em um ambiente de muita alegria e descontração a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Ribeirão Preto realizou sábado o lançamento do volume III numero 2 da sua Revista Berggasse,19.

O lançamento de mais um numero de uma revista cientifica ser comemorado com entusiasmo. A publicação de uma ideia é trabalho árduo de todos os envolvidos, mas acima de tudo, é diálogo que produz expansão de conhecimento principalmente se fundado em princípios da ética e rigor cientifico.

Sabemos que muitas publicações não ultrapassam o segundo ano de vida de modo que é preciso comemorar e muito o nosso sexto exemplar em seu quarto ano de vida.
A Revista Berggasse, 19 que inicialmente dedicou-se exclusivamente à publicação de artigos específicos da Psicanálise, expandiu o seu universo e passa a publicar também artigos de interface com as Artes, Filosofia, Música e Literatura.

Convidamos, portanto, aqueles que se interessam pela boa leitura a conhecer nossa Revista e a colaborar seja através de assinaturas, seja enviando artigos para publicação.

Rachel Lomonaco Beltrame
Presidente da SBPRP


terça-feira, 3 de setembro de 2013


O Espaço Cultural o convida para uma proposta de interlocução entre Literatura↔Psicanálise. A Comissão Cultural tomou por missão manter este espaço como um ponto de encontro, um espaço para mobilizar a reflexão de questões culturais e psicanalíticas atuais, onde possamos nos reunir para compartilhar conhecimentos e estimular reflexões, sempre em busca de novos vértices. Sendo assim, organizamos um primeiro encontro sobre Psicanálise e Literatura da SBPRP.

A Psicanálise nasceu na fronteira entre a medicina e a literatura. Ana O., uma das ‘personagens’ mais famosas da história da Psicanálise - apesar de não ser personagem de nenhum romance -  colaborou para que Freud percebesse a importância da narrativa no trabalho clínico do psicanalista. Como grande leitor, Freud encontrou nos textos de Shakespeare, Goethe, Schiller, Schnitzler, Jensen, Ibsen, inclusive os de Ágatha Christie, entre outros, uma importante fonte que o nutriu para suas descobertas a respeito do funcionamento psíquico humano. Como exímio escritor, Freud narrou as histórias de seus pacientes, bem como suas teorias, de tal forma que muitos de seus textos podem ser lidos como se fossem um romance. Não foi por acaso que a única honraria importante que Freud recebeu em vida, já aos 74 anos, foi o Prêmio Goethe, láurea dedicada aos grandes escritores. Segundo Peter Gay, um de seus maiores biógrafos, nesta altura da vida ele já havia desistido de esperar o prêmio que tanto almejou (e mereceu): o Nobel de Medicina.

O interesse de Freud pelas narrativas consolidou os laços frutíferos entre a Psicanálise e a Literatura. Em “A Interpretação dos Sonhos” Freud (1900) refere-se aos sonhos como “relatos imaginários”, pouco depois, em 1907, Freud fala da importância do devaneio na criação artística; em 1908 publica “Escritores Criativos e Devaneio”, onde se pergunta: De que fontes esse estranho ser, o escritor criativo, retira seu material?

Escritores, artistas e psicanalistas tem um patrimônio em comum: a função onírica, fundamental e vital para qualquer trabalho criativo, denominador comum dos sonhos, devaneios, jogos e brincadeiras infantis, da criatividade artística e científica. Escritores e psicanalistas captam e registram os sentimentos humanos e as diversas formas pelas quais nos relacionamos, colaborando para que possamos dar significado ao inominado, gerando uma rede simbólica que nos possibilita expansão emocional para além de limites pré-determinados (Guedes Cruz, 2007).

Neste encontro, intitulado “CLARICE LISPECTOR: INQUIETAÇÕES DO INACESSÍVEL”, teremos a oportunidade de mergulhar na particularidade do pensamento|sentimento desta gigante escritora da literatura brasileira. Faremos esta viagem acompanhados pela sua biografa Nádia Battella Gotlib, profunda conhecedora de sua vida e obra, bem como pelas nossas colegas Denise Antônio e Letícia Wierman, amantes da obra da Clarice. 

As discussões terão como base o conto AMOR, escrito em 1952, um marco na sua obra. Este conto, breve e condensado, é também complexo e poderoso. Como todo conto, trata categoricamente do momento presente, problematiza uma questão pessoal, jogando pontos luminosos no escuro, o que o torna envolvente e intrigante. Clarice nos conduzirá com maestria a um mergulho na complexidade do inusitado movimento gerador das transformações humanas. Nele, oscilamos entre a fragmentação e a completude, e mesmo quando tudo parece estático e sem movimento, vislumbramos um modelo para as inquietações inerentes ao eterno inacessível, o qual nos intriga e instiga nas buscas rumo ao vir a ser.

Silvana Andrade e Paulo Moraes Ribeiro
coordenadores do evento


Garanta o seu convite. Clique AQUI.
Um grande evento para você que é fã de Psicanálise e Literatura.

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