SEMEANDO A PSICANÁLISE SBPRP – 03 DE MAIO DE 2016
O que a Psicanálise e a Tecnologia têm em comum? O Toque
necessário! O “toque”, guardadas suas devidas peculiaridades, é o fio que
perpassa o universo psicanalítico interligando-o à tecnologia.
O toque no teclado ou na tela é diferente do “toque”
emocional! Mas ambos são essenciais para que haja conexão! O objeto que o bebê
busca, à partir de seus impulsos de sobrevivência, é um objeto virtual. A mãe-objeto fornecedora de vida, é
virtualmente “sonhada” pela criança. O que difere esse virtual, início de
construção mental, do virtual que permite um contato com o objeto “sonhado” na
tela? O que faz o toque no teclado ganhar significado? A realidade psíquica,
não tangível diretamente, em que difere da
realidade virtual? O que faz o analista, sem o toque subjetivo que lhe
permitirá encontrar e compreender emocionalmente seu paciente? Seguindo por
esse caminho, muito há pra se conversar.
À partir dos conceitos de M. Klein e W. Bion, vamos observar
como o “toque”, que implica no estabelecimento de Relação, determina a
construção da mente e do desenvolvimento psíquico. Paralelamente, iremos
observar como a Tecnologia, que se infiltra na vida do indivíduo, pressupõe, de
alguma forma e em algum momento, o “toque”: no teclado, na tela, no mouse...
Assim, este será nosso fio de ligação entre as vicissitudes destes dois
universos: a Psicanálise e a Tecnologia.
Silvana Vassimon (analista didata SBPRP).
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