Venha participar de mais um Terças na Sociedade no dia 05/07.
Local: Rua Ércole Verri, 230 - Jd. Ana Maria - Ribeirão Preto.
Telefone: (16) 3623-7585
Inscrições gratuitas pelo e-mail sbprp.tercas@gmail.com (Vagas Limitadas).
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“Na sessão de análise,
de que são feitas as interpretações?”
[...] Bion- Seu médico deve ter
pensado que o senhor precisava de minha ajuda. O que houve?
Paciente- Como eu poderia saber?
Ele não escreveu no bilhete?
Bion- Penso que ele
esperava que o senhor mesmo me dissesse. E até agora, o senhor não me disse
nada. (Um erro estúpido – percebi antes mesmo de completar a sentença.
Recostei-me e aguardei. Ele retribuiu meu olhar com uma expressão imperturbável
e aguardou, para ouvir mais. Enquanto isso, pensei que não podíamos
simplesmente continuar a ficar sentados em silêncio. Mas não conseguia pensar
em nenhuma alternativa. À medida que o tempo passava, senti que ocorria uma
mudança e que o encontro estava se deteriorando em uma batalha de vontades. O que
será uma “vontade”? Freud disse o que é? Melanie Klein? Abraham? Talvez
Ferenczi?”). (Bion, Cogitações, p 374, editora Imago, 2000).
E assim é! “De repente”
estamos, assimetricamente, junto a outra pessoa ocupando o lugar do
psicoterapeuta: aquele que se propõe a se aproximar da experiência emocional do
momento e a colocá-la em palavras. Tarefa árdua! Como chegamos a formular algo
para ser dito ao paciente? Que recursos utilizamos? Por que surge uma certa
idéia e não uma outra? O que observamos e apreendemos para chegar a construir
uma formulação? E quando nada nos ocorre para ser dito?
É sobre essas e outras
questões implicadas no nosso ofício que pretendemos pensar e conversar,
dificilmente responder, no próximo Semeando, dia 05 de julho...
Sandra Nunes Caseiro
(SBPRP)
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