“SONHAÇÕES”
Encontro Preparatório para o XXV
Congresso Brasileiro de Psicanálise
SONHO/ATO: A Representação e seus
Limites
12
E 13 JUNHO DE 2015
Local: Hotel Stream Palace – Ribeirão
Preto
Inscrições: www.sbprp.org.br
Alice Ruiz
é a convidada da comissão científica da SBPRP para o encerramento do
“SONHAÇÕES”. Ela apresentará a poesia do haikai e seu poder de síntese.
Poderíamos
ter um encerramento mais poético?
Esta
foto é de Alice Ruiz, do seu jardim. São três flores, como os versos do haikai.
Com a palavra, a poeta:
Para
ser poeta é preciso alma e técnica. Juntas, inseparáveis.
Quanto
menos se perceber a diferença entre as duas, mais poesia é.
No
haikai, como prática zen, o exercício da alma e da técnica é um só: síntese.
Com
um mínimo de palavras descrever um instantâneo da natureza.
Atingir
a simplicidade desse instantâneo. E não se incluir na cena/poema.
É
quando, enfim, o poeta vira apenas um instrumento de poesia, que surge seu estilo,
sua identidade poética.
Para
ser esse instrumento, exercita-se o desapego, a simplicidade, a economia de
palavras, o olhar amoroso e amoral sobre as coisas.
Estados,
atitudes que podem ser resumidas na “ausência do eu”, que é, aliás, um dos
ideogramas que compõem a palavra haikai.
Essa
“ausência do eu” implica em se basear apenas no concreto, material, físico e
palpável que nos é fornecido pela natureza.
Sentimentos
e pensamentos não devem ser nomeados no poema.
Como
se o poema fosse uma fotografia em palavras.
Assim
como o fotógrafo não aparece na fotografia, o poeta não deve aparecer no poema,
apenas sua técnica, sensibilidade e depuramento.
E
muito menos, a intenção de fazer poesia.
Na
verdade, em nenhuma arte.
Alice
Ruiz é
Poeta, Haikaista e compositora.
Para saber mais: http://www.aliceruiz.mpbnet.com.br/
Inscrições: www.sbprp.org.br
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