Por Cristiane Sampaio
mtb: 61431
Boa tarde, pessoal!
Seguindo com a nossa divulgação do Congresso Brasileiro de Psicanálise, vamos postar hoje mais um depoimento que aborda o tema “Limites: prazer e realidade”, desta vez trouxemos a opinião da Psicanalista e Membro titular da SPB, Cíntia Xavier de Albuquerque. A Dra. Cíntia levantou a questão dos sonhos e se podemos vivenciar nossos sonhos com a realidade que vivemos, ainda se estes são realmente sonhos ou obrigações que a sociedade nos pressiona a cumprir? Veja o que ela diz.
“Uma jovem paciente que está prestes a se formar e precisa fazer escolhas me dizia: ‘Vivendo nesse sonho eu consigo terminar a faculdade e viajar por muitos países... ainda com vinte e poucos anos tenho filhos. Posso parar tudo e me dedicar apenas à maternidade: amamentar, cuidar, educar e ensiná-los a tocar piano. Depois faço mestrado e doutorado e desenvolvo a pesquisa mais completa que desejar. Como não preciso fazer escolhas em meu sonho, depois de tudo isso e ainda com vinte e poucos anos posso começar a trabalhar e ganhar bastante dinheiro.’
Sob o impacto das pressões da realidade, das inúmeras dúvidas do momento e da necessidade de escolher o que vai ser perdido, ela se aproveita do tipo de pensamento que, segundo Freud nos Dois Princípios, permanece subordinado ao Princípio de Prazer: o fantasiar. Por uns instantes ela tudo pode, nada perde, controla o tempo, atinge a perfeição. E volta: “Na realidade não cabem todos os meus sonhos. Mas nos meus sonhos também não cabe a realidade.”
Sempre me espanta a nossa essência: queremos tudo e ao mesmo tempo, apesar de nunca termos tido isso exceto nos breves instantes de satisfação alucinatória do desejo. Odiamos o não, o limite e o adiamento. Quando possível encontramos outro tipo de prazer: o de nos percebermos em expansão mental/ emocional, tolerando oscilações e turbulências, abrigando todo tipo de emoção e vivência – mesmo as dores aterradoras – sem desorganização excessiva, aguardando com um fio de esperança um novo momento de integração e conforto. Isto é algo que um encontro psicanalítico estimulante pode nos ajudar a ir alcançando – o que já é bastante bom, considerando de onde viemos...”
Gostou e quer saber mais? Sinta-se convidado a participar de nosso Congresso! E em nosso próximo post, mais um comentário sobre o tema de nosso Congresso.
Para maiores informações clique no Banner acima ou na página do Congresso no topo do Blog.
Contato: limitespr@gmail.com
Seguindo com a nossa divulgação do Congresso Brasileiro de Psicanálise, vamos postar hoje mais um depoimento que aborda o tema “Limites: prazer e realidade”, desta vez trouxemos a opinião da Psicanalista e Membro titular da SPB, Cíntia Xavier de Albuquerque. A Dra. Cíntia levantou a questão dos sonhos e se podemos vivenciar nossos sonhos com a realidade que vivemos, ainda se estes são realmente sonhos ou obrigações que a sociedade nos pressiona a cumprir? Veja o que ela diz.
“Uma jovem paciente que está prestes a se formar e precisa fazer escolhas me dizia: ‘Vivendo nesse sonho eu consigo terminar a faculdade e viajar por muitos países... ainda com vinte e poucos anos tenho filhos. Posso parar tudo e me dedicar apenas à maternidade: amamentar, cuidar, educar e ensiná-los a tocar piano. Depois faço mestrado e doutorado e desenvolvo a pesquisa mais completa que desejar. Como não preciso fazer escolhas em meu sonho, depois de tudo isso e ainda com vinte e poucos anos posso começar a trabalhar e ganhar bastante dinheiro.’
Sob o impacto das pressões da realidade, das inúmeras dúvidas do momento e da necessidade de escolher o que vai ser perdido, ela se aproveita do tipo de pensamento que, segundo Freud nos Dois Princípios, permanece subordinado ao Princípio de Prazer: o fantasiar. Por uns instantes ela tudo pode, nada perde, controla o tempo, atinge a perfeição. E volta: “Na realidade não cabem todos os meus sonhos. Mas nos meus sonhos também não cabe a realidade.”
Sempre me espanta a nossa essência: queremos tudo e ao mesmo tempo, apesar de nunca termos tido isso exceto nos breves instantes de satisfação alucinatória do desejo. Odiamos o não, o limite e o adiamento. Quando possível encontramos outro tipo de prazer: o de nos percebermos em expansão mental/ emocional, tolerando oscilações e turbulências, abrigando todo tipo de emoção e vivência – mesmo as dores aterradoras – sem desorganização excessiva, aguardando com um fio de esperança um novo momento de integração e conforto. Isto é algo que um encontro psicanalítico estimulante pode nos ajudar a ir alcançando – o que já é bastante bom, considerando de onde viemos...”
Gostou e quer saber mais? Sinta-se convidado a participar de nosso Congresso! E em nosso próximo post, mais um comentário sobre o tema de nosso Congresso.
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