Por Cristiane Sampaio
MTB: 61431
Boa tarde, pessoal!
Hoje vamos dar continuidade ao tema Limites e Individualidade, mas sob outra vertente. Tomamos como base o texto da Dra. Celmy de A. A. Quilelli Correa, que aborda Limites do indivíduo na psicanálise.
Mas o que será que ela quer dizer com isto?
A começar que para a Psicanálise, como reforçado no texto, o sujeito por si só já é um ser dividido e os psicanalistas já tem que em seu cotidiano conviver com mensagens caóticas e a absorção de códigos culturais malversados, por exemplo.
Vejam o que ela diz:
“Difícil abordar limites para a individualidade quando o ser da psicanalise é por princípio um ser dividido. Inconsciente-consciente, dentro-fora, profundo-superficial são categorias psicanalíticas que tentam alcançar o mistério da condição humana oferecendo-nos um conceito que nos permite pensar a subjetividade envolta numa membrana psíquica. Considerar como corolário de suas rupturas a emissão de mensagens caóticas, a absorção de códigos culturais malversados, assim como patologias na própria pele, hipertrofiando-a e manchando-a, fazem parte do cotidiano dos psicanalistas.
Quando Freud (1920) postulou a pulsão primeira, pura intensidade e dispersão, concebeu também um escudo protetor que atenderia a função de absorver os estímulos excessivos. Criou-se um estatuto metapsicologico a função materna, como constitutivo de nossa subjetividade e, através identificações, a mais forte evidencia do outro em nos. Essa noção de que somos seres caóticos necessitados desse envoltório
para podermos ser, assim como mergulhar no mundo humano, veio somar-se ao conceito inicial de narcisismo e arrolar desdobramentos. Autores vieram para trabalhar as patologias da fronteira nomeando-as “eu-pele”, “segunda pele”, distrofias da função continente-contido, do self-nuclear, apresentações de falso-self.
Em momentos de escolha de lideres, por exemplo, a temática da identificação e essencial. Expressão inicial tanto de ternura como do desejo de afastamento, para caracteriza-la Freud usou o símile dos porcos-espinhos de Schopenhauer, que procuram descobrir uma distancia intermediaria na qual possam tolerar a coexistência, definindo que e a empatia (Einfuhling) o mecanismo pelo qual compreendemos o que e nosso no outro, e o que dos outros é inerentemente estranho ao nosso ego. O líder esta entre aqueles que terão a condição de uma identificação empática: perceber os ideais comuns, mas também aquilo que nos diferencia, fazendo respeitar as diferenças sem nos afogarmos nas filigranas narcísicas.
Seguindo a fronteira, margeando os corpos subjetivos, o poeta mais uma vez fala melhor sobre o paradoxo: “... o mais profundo é a pele”. (Paul Valery apud Deleuze, 1974.)
E você o que acha? Deixe seu comentário e opinião em nosso blog ou facebook.
Gostou e quer saber mais? Sinta-se convidado a participar de nosso Congresso! Acesse o website do XXIII Congresso Brasileiro de Psicanálise e se inscreva!
Fonte: Febrapsi Notícias.
MTB: 61431
Boa tarde, pessoal!
Hoje vamos dar continuidade ao tema Limites e Individualidade, mas sob outra vertente. Tomamos como base o texto da Dra. Celmy de A. A. Quilelli Correa, que aborda Limites do indivíduo na psicanálise.
Mas o que será que ela quer dizer com isto?
A começar que para a Psicanálise, como reforçado no texto, o sujeito por si só já é um ser dividido e os psicanalistas já tem que em seu cotidiano conviver com mensagens caóticas e a absorção de códigos culturais malversados, por exemplo.
Vejam o que ela diz:
“Difícil abordar limites para a individualidade quando o ser da psicanalise é por princípio um ser dividido. Inconsciente-consciente, dentro-fora, profundo-superficial são categorias psicanalíticas que tentam alcançar o mistério da condição humana oferecendo-nos um conceito que nos permite pensar a subjetividade envolta numa membrana psíquica. Considerar como corolário de suas rupturas a emissão de mensagens caóticas, a absorção de códigos culturais malversados, assim como patologias na própria pele, hipertrofiando-a e manchando-a, fazem parte do cotidiano dos psicanalistas.
Quando Freud (1920) postulou a pulsão primeira, pura intensidade e dispersão, concebeu também um escudo protetor que atenderia a função de absorver os estímulos excessivos. Criou-se um estatuto metapsicologico a função materna, como constitutivo de nossa subjetividade e, através identificações, a mais forte evidencia do outro em nos. Essa noção de que somos seres caóticos necessitados desse envoltório
para podermos ser, assim como mergulhar no mundo humano, veio somar-se ao conceito inicial de narcisismo e arrolar desdobramentos. Autores vieram para trabalhar as patologias da fronteira nomeando-as “eu-pele”, “segunda pele”, distrofias da função continente-contido, do self-nuclear, apresentações de falso-self.
Em momentos de escolha de lideres, por exemplo, a temática da identificação e essencial. Expressão inicial tanto de ternura como do desejo de afastamento, para caracteriza-la Freud usou o símile dos porcos-espinhos de Schopenhauer, que procuram descobrir uma distancia intermediaria na qual possam tolerar a coexistência, definindo que e a empatia (Einfuhling) o mecanismo pelo qual compreendemos o que e nosso no outro, e o que dos outros é inerentemente estranho ao nosso ego. O líder esta entre aqueles que terão a condição de uma identificação empática: perceber os ideais comuns, mas também aquilo que nos diferencia, fazendo respeitar as diferenças sem nos afogarmos nas filigranas narcísicas.
Seguindo a fronteira, margeando os corpos subjetivos, o poeta mais uma vez fala melhor sobre o paradoxo: “... o mais profundo é a pele”. (Paul Valery apud Deleuze, 1974.)
E você o que acha? Deixe seu comentário e opinião em nosso blog ou facebook.
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Fonte: Febrapsi Notícias.
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