segunda-feira, 14 de maio de 2012


Por Cristiane Sampaio
mtb: 61431

Olá,

Hoje, vamos aprofundar mais um tema que será abordado durante o Simpósio Psicanálise &Universidade, no próximo dia 26. A convidada neste post foi a Dra. Maria Bernadete Amêndola Contart de Assis (Analista Didata e Membro da SBPRP), que a nosso pedido elaborou um texto explicativo sobre o tema “Psicanálise e Clínica Contemporânea”

“O tema “Psicanálise e a Clínica Contemporânea” pode ser abordado sob dois vértices principais: os distúrbios mentais predominantes na contemporaneidade, que é o vértice do paciente; ou as características do trabalho clínico atual, nos aspectos teóricos e técnicos, que é o vértice do analista. Considerando que o tema mais geral da mesa é “Clínica Contemporânea e Formação Profissional”, escolhi abordar o tema pelo vértice do analista. Na minha apresentação pretendo priorizar as evoluções teóricas e técnicas da Psicanálise, e mostrar quais as implicações dessas mudanças no modo como o analista trabalha atualmente na clínica.

Apoiada especialmente na teoria de Wilfred R.Bion e nas contribuições de Thomas Ogden, vou falar do movimento evolutivo da função do analista ao longo dos últimos anos. Tomando o trabalho com os sonhos como modelo dessa evolução, pode-se dizer que o analista contemporâneo está “mais além” da interpretação de sonhos, incluindo como ponto central da técnica, a ampliação da capacidade de sonhar do analisando. 

O que isso significa? Trata-se de criar um campo analítico propício ao contato profundo e verdadeiro com a experiência emocional e, a partir da penetrabilidade na experiência, construir a oportunidade de pensá-la, não somente em um sentido consciente do “pensar”, mas especialmente no sentido de representá-la por intermédio de imagens, palavras e narrativas, à maneira dos sonhos. Assim, o trabalho analítico contemporâneo é mais focado na estrutura do aparelho mental e menos em seu conteúdo, como era nos primórdios do movimento psicanalítico.

Pretendo ilustrar os aportes teóricos e técnicos com a apresentação de dois momentos da análise de um paciente, um em que há uma espécie de “curto circuito”, com reação imediata, sem interposição de pensamento e outro, que chamei de “longo circuito”, em que a capacidade de pensar a experiência apresentou-se ampliada”.

Com certeza mais um debate imperdível, dentro do Simpósio Psicanálise & Universidade. Se ainda não se inscreveu, compareça rápido à sede da SBPRP. As vagas estão se esgotando! 

Evento:

Data: 26/05/2012
Horário: A partir das 8h.
Local: Anfiteatro do Hemocentro – HC-FMRP-USP 
Informações: Pelos links Eventos e SBPRP ou pelo telefone 3623-7585.

Realização:
Sociedade Brasileira dePsicanálise de Ribeirão Preto -SBPRP                                      

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