Por Cristiane Sampaio
mtb: 61431
Olá,
Hoje, vamos aprofundar mais um tema
que será abordado durante o Simpósio Psicanálise &Universidade, no próximo dia 26. A convidada neste post foi a Dra. Maria Bernadete Amêndola Contart de
Assis (Analista Didata e Membro da
SBPRP), que a nosso pedido elaborou um texto explicativo sobre o tema “Psicanálise e Clínica Contemporânea”.
“O tema “Psicanálise e a Clínica Contemporânea” pode ser abordado sob
dois vértices principais: os distúrbios mentais predominantes na
contemporaneidade, que é o vértice do paciente; ou as características do
trabalho clínico atual, nos aspectos teóricos e técnicos, que é o vértice do
analista. Considerando que o tema mais geral da mesa é “Clínica Contemporânea e
Formação Profissional”, escolhi abordar o tema pelo vértice do analista. Na
minha apresentação pretendo priorizar as evoluções teóricas e técnicas da
Psicanálise, e mostrar quais as implicações dessas mudanças no modo como o
analista trabalha atualmente na clínica.
Apoiada especialmente
na teoria de Wilfred R.Bion e nas contribuições de Thomas Ogden, vou falar do movimento evolutivo da função do analista ao longo dos últimos
anos. Tomando o trabalho com os sonhos como modelo dessa evolução, pode-se
dizer que o analista contemporâneo está “mais além” da interpretação de sonhos,
incluindo como ponto central da técnica, a ampliação da capacidade de sonhar do
analisando.
O que isso significa? Trata-se de criar um campo analítico propício
ao contato profundo e verdadeiro com a experiência emocional e, a partir da
penetrabilidade na experiência, construir a oportunidade de pensá-la, não
somente em um sentido consciente do “pensar”, mas especialmente no sentido de representá-la
por intermédio de imagens, palavras e narrativas, à maneira dos sonhos. Assim,
o trabalho analítico contemporâneo é mais focado na estrutura do aparelho
mental e menos em seu conteúdo, como era nos primórdios do movimento
psicanalítico.
Pretendo ilustrar os aportes teóricos e técnicos com a apresentação de
dois momentos da análise de um paciente, um em que há uma espécie de “curto
circuito”, com reação imediata, sem interposição de pensamento e outro, que
chamei de “longo circuito”, em que a capacidade de pensar a experiência
apresentou-se ampliada”.
Com certeza mais um debate imperdível, dentro do Simpósio
Psicanálise & Universidade. Se ainda não se inscreveu, compareça rápido à
sede da SBPRP. As vagas estão se esgotando!
Data: 26/05/2012
Horário: A partir das 8h.
Local: Anfiteatro do Hemocentro – HC-FMRP-USP
Realização:
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