“SONHAÇÕES” na
SBPRP
Encontro
Preparatório para o XXV Congresso Brasileiro de Psicanálise
SONHO/ATO: A
Representação e seus Limites.
12 e 13 junho
2015
Local: Hotel
Stream Palace - Ribeirão Preto
Não perca o
prazo para inscrição com desconto
CANDIDO PORTINARI, Dom Quixote e Sancho Pança
Saindo para Suas Aventuras (Don Quijote y Sancho Panza saliendo para sus
aventuras),1956. Lápiz de color s/ cartón, 28,5 x 21,5 cm. Col.Museus Castro
Maya, Brasil.
A Conferência de Abertura será proferida por Daniel Delouya,
Psicanalista, Diretor do Conselho de Coordenação Científica da Federação
Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI).
“Limites da representação: trabalho em
duplo e a cultura de excitação/atuação”
Nas
configurações não-neuróticas não é a dissolução (losüng, Freud) dos
sintomas/sonhos que está em questão, mas sua construção. É o trabalho
do objeto (adulto) em suas possibilidades psíquicas de nomeação e, portanto, de
construção que devem ser interrogadas e retomadas na via principal de certas
demandas cada vez mais crescentes na contemporaneidade. A fuga excitada no agir
e nas atuações são objetos de uma reassunção do sonho, ou melhor, da conversão
do ato em sonho, em pensar. A psicopatologia da atuação em delírio da alma ou
de seu soma, e suas correspondentes denúncias (das falhas) do trabalho do
objeto impõem o grande desafio ao analista. A provisão narcísica ao paciente,
existindo em sua companhia, servindo-lhe de duplo, permite a passagem do plano
alucinatório da percepção para a fixação (prägung) desta em traços.
Trabalho esse, de figurabilidade (darstellungbarkeit), compondo o setor
principal da fábrica do sonho, fornece as condições de representação, construção,
da passagem do irrepresentável para o representável. A crescente pressão da
cultura -em sua exigência de sublimação em prol da inclusão do sujeito no mundo
- transcendem os limites econômicas do sujeito em poder pensar e sonhar, acarretando
a disjunção pulsional (Freud, 1923). São as excitações/atuações entre outras vias
primitivas de gozo que surgem como buscas exasperadas por novas versões de
subjetivação passiveis de conciliação junto a inadequação fundamental da vida
humana na cultura.
Daniel Delouya é Psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Diretor do Conselho de Coordenação
Científica da Federação Brasileira de Psicanálise (FEBRAPSI) da gestão atual e
Secretário do Conselho Científico da Febrapsi na gestão anterior.
Estudioso da
obra de Freud e Lacan, dedica-se à divulgação da psicanálise ministrando
palestras, coordenando grupos de estudo e seminários. Autor de livros como Depressão,
estação psique; Epistemopatia (Coleção Clínica Psicanalítica);
Entre Moisés e Freud-Tratados de origens e de desilusão do destino; Torções
na razão freudiana e Depressão (Coleção Clínica Psicanalítica).
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