“SONHAÇÕES”
Encontro
Preparatório para o XXV Congresso Brasileiro de Psicanálise
SONHO/ATO:
A Representação e seus Limites
12 E 13 JUNHO DE 2015
Local:
Hotel Stream Palace – Ribeirão Preto
Inscrições:
www.sbprp.org.br
FERNANDO DINIZ, Guache sobre papel - Sem data, 33
X 48 cm, a obra faz parte da exposição virtual do Museu de Imagens do
inconsciente e pode ser visualizada em: http://www.ccs.saude.gov.br/Cinquentenario/fernando.html
Sérgio Lewkowicz abordará
“Ato/Sonho/Experiência Estética em sua palestra no “Sonhações”. Veja a síntese
de seu trabalho que ele nos enviou:
“Trabalhando nos
limites da representação”
(...) Sonhar é transformar as emoções
brutas e o sofrimento psíquico em processo simbólico que pode ser usado para
pensar, agir, lembrar ou ter uma experiência estética. Na verdade, nós que não temos
essa capacidade artística nos transformamos em artistas através de nossos
sonhos que de fato são as transformações simbólicas, estéticas de nossas
experiências emocionais, particularmente de dor e sofrimento. Quando dormimos
somos nossos próprios artistas e, quando estamos acordados necessitamos dos
artistas para que façam isso por nós.
Por outro lado, no nosso trabalho como
psicanalistas nos aproximamos das tarefas dos artistas na minha maneira de
pensar. Como diz Frayze-Pereira (2006): Pensar
psicanaliticamente implica escutar, mais ou menos intensamente, as questões
singulares e comoventes, isto é, ambíguas e por isto mesmo perturbadoras,
daquele que sofre. Portanto, daquele que vive (p.14). Cabe ao psicanalista
dar forma à dor que o paciente não consegue simbolizar psiquicamente. O artista
ao criar algo novo, original transforma algo de sua subjetividade em um objeto
material. A dupla analista/paciente transforma algo não representável em algo
que pode ser pensado e compartilhado. Ambos, artistas e analistas transformam
as experiências brutas em experiências simbólicas. (...)
Sérgio Lewkowicz
é Psicanalista, Membro efetivo e Analista didata da SPPA e ex Diretor
Científico da Federação Psicanalítica da América Latina (FEPAL).
Maria Aparecida Sidericoudes Polacchini
nos apresentará sua base de apoio e as relações que estabelece para pensar e
nomear a experiência vivenciada em seu trabalho psicanalítico clínico.
“Palavras
cantadas das Musas e palavras intuídas pelo analista:
uma aproximação.”
Nesse trabalho, apresentarei uma vinheta
clínica, mostrando o que comumente vivemos no trabalho analítico, salientando a
intuição do analista, sua fala e palavra que passam a representar e vivificar
um estado psíquico, e promover desenvolvimento subjetivo.
O que apresento como introdução ao
material clínico, é uma relação que estabeleço entre a Mitologia e a
Psicanálise. Evoco as Musas que, pelo poder divino de nomear, inspiram e
orientam a alma, promovendo o pensamento em suas múltiplas formas. Na
Psicanálise, o exercício da intuição inspira o pensar e a linguagem que nomeia
a experiência.
Chamo a atenção para uma das formas de
linguagem, a palavra falada e ouvida, que tem função de destaque na
Psicanálise, apontando para importantes questões sobre a comunicação na relação
analítica. Apesar das deficiências de linguagem e comunicação, com as quais nos
deparamos na tarefa analítica, ainda assim, “é preciso apostar na palavra”,
como sugere a escritora Lígia Fagundes Telles, aos seus parceiros de
literatura.
Maria Aparecida Sidericoudes Polacchini é Psicanalista, Membro efetivo e Analista didata da
SBPRP e Membro efetivo da SBPSP.
INSCRIÇÕES: www.sbprp.org.br
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