“SONHAÇÕES”
Encontro Preparatório para o XXV
Congresso Brasileiro de Psicanálise
SONHO/ATO: A Representação e seus
Limites
12
E 13 JUNHO DE 2015
Local: Hotel Stream Palace – Ribeirão
Preto
Inscrições: www.sbprp.org.br
O
programa do “SONHAÇÕES” propõe um diálogo
instigante entre o físico Sérgio Novaes, e o psicanalista Miguel Marques a
respeito de suas experiências de observação e exploração de seus “universos” de
trabalho.
Sérgio
Ferraz Novaes nos falará de suas experiências tomando como mote a frase de
Arthur C. Clarke: "A única maneira de se encontrar os limites do possível
é indo além deles em direção ao impossível.”
http://goo.gl/KrHFo3
"Vivemos em um
Universo imenso e antiquíssimo e dispomos de sentidos muito limitados para
explorar todas as nuances da realidade. Os meios de que dispomos para expandir
nosso conhecimento envolvem o uso de ferramentas capazes de estender
nossos sentidos e, ao mesmo tempo, a construção de uma estrutura formal que nos
permita investigar com segurança o desconhecido. Pretendemos mostrar que a
ciência, com seu perfil simultaneamente conservador e revolucionário, tem sido
um excelente guia no desvendar os limites do real."
Sérgio Ferraz Novaes é Físico, Professor Titular
do Instituto de Física Teórica da Unesp – SP.
Miguel Marques propõe utilizar a
psicanálise como uma sonda para a investigação e observação da mente humana:
Jota Azevedo in: http://jotazevedo.blogspot.com.br
A pele da cobra:
Considerações sobre o ato de observação em Psicanálise.
Compartilhando a mesa com um Físico que
participa e contribui através de suas pesquisas para ampliar as fronteiras do
Real, enfoco a questão, em minha abordagem, de como ampliarmos as fronteiras do
que compreendemos como sendo mente, ou personalidade.
A psicanálise é uma “sonda” e não pode
ser contida pelas teorias que ela produz! Quando alcançamos uma observação em
nosso trabalho clínico, o que esse ato de observar produz?
As investigações sobre a realidade
psíquica, nos coloca igualmente na situação da criança que precisa aprender
simultaneamente a pensar e a falar; que ainda não consegue falar, uma vez que
seus pensamentos exprimíveis lhe são estranhos. E que ainda não pode pensar,
uma vez que lhe faltam os conceitos a partir dos quais os pensamentos podem se
ordenar e com os quais eles podem se articular.
Ressalto que, sustentar uma observação e
uma investigação na qual se abra mão da aplicação de uma teoria muito definida,
ou mesmo de diagnósticos, nos expõe a uma fragilidade e mesmo a um sentido de
impotência, pois encontrar uma linguagem para comunicar-se consigo mesmo ou com
os seus pares mostra-se tão precário e complexo ao ponto de tornar a adesão a
uma teoria articulada muito sedutora.
Ao mesmo tempo sabemos que o nosso
objeto de trabalho não pode ser alcançado pelas teorias que possuímos, pois
buscamos o inusitado, o novo e ele acontece pelo inesperado.
Miguel Marque
é Psicanalista, Membro efetivo e Analista didata da SBPRP e Membro efetivo da
SBPSP .
Inscrições: www.sbprp.org.br
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